O meu Personal Learning Enviroment



Nos seguimento do estudo sobre os Personal Learning Enviroment (PLE) na Unidade Curricular, Processos Pedagógicos em eLearning, fomos desafiados a criar uma representação visual do nosso PLE. Depois de várias pesquisas, questões, tentativas, surge a seguinte representação, de acordo com as considerações apresentadas..





O MEU PLE


Muitas dúvidas surgiram durante o processo de representação do meu PLE.

Tenho consciência de que uso várias ferramentas, quer na minha prática docente, e aprendente ao longo da vida, quer como aluna, e que a forma como uso todas essas ferramentas correspondem à noção mais vasta de um PLE.

Das pesquisas realizadas verifiquei que existem diferentes perceções sobre o que é um PLE. Para alguns autores (por exemplo Lubensky, Anderson) um PLE concretiza-se num programa, software, uma aplicação que aglutina todas as ferramentas utilizadas, com diferentes funcionalidades. Já para outros (por exemplo Siemens, Wilson, Attwell e Costa, Downes), um PLE não corresponde a uma entidade, a um objeto ou programa informático, mas sim a um conjunto de ferramentas, abertas, interpolares, que são utilizadas e controladas pelo aluno, de forma autónoma, como suporte à sua aprendizagem (Mota, 2009). São uma entidade conceptual.

No meu entender, quando resumido a uma ferramenta, um PLE não incorpora todas as ferramentas e instrumentos utilizados, uma vez que a aprendizagem não é completamente virtual, existe uma convivência entre a aprendizagem mais tradicional e presencial e a aprendizagem online, o que corresponderá a uma aprendizagem híbrida. Assim, concebo o meu PLE, a seguir apresentado, como essa entidade conceptual e onde se incluem as ferramentas, online e offline, que utilizo nas minhas aprendizagens formais, não formais e informais (aprendizagem ubíqua, m-learning, …), também inclui referência à comunidade educativa à qual pertenço e com a qual também partilho trabalhos (Google Classroom).

O contexto onde decorre a minha aprendizagem é fator determinante por preferir, sempre que possível, criar offline, uma vez que a velocidade da internet, muitas vezes é impeditiva de um trabalho mais célere. Assim, optei por criar a minha representação do meu PLE com recursos à ferramenta Smart Art do Power Point.

Comecei por listar as ferramentas que uso. Mas dos esquemas e modelos pesquisados, nenhum satisfazia completamente a ideia que quero transmitir do meu PLE. Inicialmente até ponderei recorrer a um diagrama de Venn, mas as diferentes categorias que tencionava inclui, implicavam um diagrama muito complexo.

Assim, optei por criar uma listagem das diferentes ferramentas que utilizo e categorizá-las, de acordo com a finalidade com que são utilizadas. Defini 6 categorias: Pesquisar, Criar, Partilhar, Comunidades, Comunicação, Colaboração. Mas algumas incluíam-se em diferentes categorias. Há trabalhos criados de forma colaborativa. Pertenço a algumas comunidades, cuja forma de comunicação passam pelo Facebook. As aprendizagens tanto ocorrem de forma autónoma, como resultado de partilhas e trabalhos colaborativos. Como representar todas estas situações?

A solução encontrada foi representar as primeiras três categorias, pesquisar, criar e partilhar, sob a forma de rodas dentadas, pois não são processos estáticos, rodeados das outras três categorias, comunicação, comunidades e colaboração. Penso que desta forma se traduz a versatilidade, dependência e ligações entre as várias ferramentas que constituem o meu PPLE.

Aqui está o meu PLE







Para pesquisar, utilizo, normalmente, ferramentas como o Pixabay para a pesquisa de imagens, o Academia.edu, o Repositório da Universidade Aberta e a página do Le@D para artigos e o “amigo” Google para todas as outras generalidades.



Quanto ao criar, como já referi, sempre que possível, opto por ferramentas que me permitam trabalhar offline. Contudo, existem momentos em que é necessário o trabalho colaborativo e online ou que exigem ferramentas mais dinâmicas e interativas que só existem on-line, então uso o Canva, o Prezi, o Google Forms, Google Slides ou Google Docs.

Para partilha, costumo recorrer ao Moodlle, nomeadamente na plataforma da Universidade Aberta, ou Youtube, quando pretendo partilhar vídeos que construir, ou o meu Blog, mas também já recorri ao Padlet. Um suporte sempre também disponível para a partilha, e armazenamento, é o Google Drive. No âmbito profissional tal utilizo o Google Classroom para partilha.



Neste processo de pesquisa, criação e partilha, ou seja, a construção do conhecimento, encontra-se, na maioria das vezes, envolto em relações com os outros. Por isso, optei por criar um círculo à volta das engrenagens, que representam o suporte da colaboração e das comunidades, com base na comunicação, para a construção de conhecimento. Assim, e uma vez que as diferentes ferramentas identificadas são usadas com duas ou três destas funções, optei por identificar essas ferramentas sem se associarem apenas a uma categoria. O Facebook, o Instangram e o Whatsapp são ferramentas utilizadas para comunicar, mas também são criadas pequenas comunidades que permitem a construção de conhecimento, mas também serem para trabalhar colaborativamente, nomeadamente o Whastapp. Já o Gmail, o Outlook, o Zoom e o Google Meet são essencialmente utilizadas na comunicação, mas também permitem criar comunidades e apoia o trabalho colaborativo. Por fim, identifiquei a grande comunidade que apoia toda a aprendizagem no âmbito deste mestrado, bem como a minha comunidade educativa - Escola Portuguesa de Díli, no âmbito profissional, e uma rede de trabalho sobre educação em situações de emergência da qual faço parte, o INEE.



Reflexão: Este exercício permite compreender a complexidade destas novas formas de aprender. Não é fácil, nem possível, estabelecer limites nos processos de aprendizagem. Atualmente as diversas ferramentas disponíveis permitem uma quase infinidade de fluxo de conteúdos, informações e relações.



Referências:

Mota, J. (2009) Personal Learning Enviroments: Contributos para uma discussão do conceito. Revista EFT, vol. 2 (2), novembro 2009. https://core.ac.uk/download/pdf/286336593.pdf

Leslie, S. (2019). Some Observations on PLE Diagrams. In R. Kimmons (Ed.), EdTech in the Wild. EdTech Books. https://edtechbooks.org/wild/ple_diagrams

Wheeler, Steve (2009). It’s Personal: Learning Spaces, Learning Webs. Apresentação no Slideshare.http://www.slideshare.net/timbuckteeth/its-personal-learning-spaces-learning-webs

Carneirinho, A. (14 de maio de 2021) O meu PLE. Encurtar Distâncias. https://encurtardistancias.blogspot.com/

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